Pelo simples fato de "When the Pawn..." ser o melhor álbum da Fiona Apple. 10 faixas, nenhum desperdício. A suave tristeza em "Love Ridden" desperta aquele sentimento de saudades que deixamos acumular em um armário emocional - e que gostamos de deixar trancado no nosso sótão abstrato. A violência em "Limp" com seu solo de bateria. A divertida resposta em "A Mistake". A reflexão sobre como não adianta fazer mais nada em "Get Gone". A surpreendente aceitação em "I Know". A desilusão em "Paper Bag". A compreensão em "To Your Love".
Cada canção parece trazer à tona um sentimento e a beleza do álbum consiste nessa compreensão de que não adianta apenas sentir raiva, mas que é necessário aceitá-la. A transformação é como um meio de sobrevivência. Estamos falando sobre aceitar as coisas como são e tirar o melhor de tudo. Não quero chegar aos 30 falando sobre ou escrevendo as mesmas coisas dos meus 20 anos e Fiona demonstra essa necessidade também.
Sentir raiva pode ser bom, né Fiona?
Sentir raiva pode ser bom, né Fiona?