terça-feira, 30 de setembro de 2008

Vamos nos assustar


Hoje não serei muito crítico, mas apenas sugestivo. Sempre que levanto ligo a televisão apenas por diversão. É sempre nessa faixa horária das 5:30-6:00 que vejo um clipe interessante. Ou ao menos era. Já percebi que há uns dois meses tenho me rendido ao espetáculo monstruoso que assumiu os canais musicais.


Ligo a TV. Com o controle sintonizo na VH1 e me deparo com uma sessão medonha de clipes cafonas, músicas péssimas e um gosto musical duvidoso. Não sei por onde começar, mas assistir um grupinho de meninos-à-la-travesti ou tentativas-de-Boy-George chamado Linear não é a melhor coisa para começar o dia. Aquelas roupas e gestos. Tudo bem que podem dizer que eram os anos 80. Então eu digo "Viva os anos 2000!" e por favor parem de exibir essas coisas medonhas. Deixe essa trabalho sujo para o YouTube.


Então para piorar entra uma coisa chamada Information Society com um vídeo que eles devem ter achado futurista - ou essa foi a intenção. Está mais dadaísta que futurista, isto é, se for arte mesmo, o que tenho minhas dúvidas. "Ah, mas você está sendo preconceituoso" pula em minha mente como uma resposta que ouvirei caso comente isso no trabalho. Mas será que sou mesmo preconceituoso ou apenas apreciador de coisas profissionais? Tudo bem que, às vezes, me rendo ao cafona e ponho essas coisas no rádio. Afinal, quem não tem esse lado que atire a primeira pedra. Porém, isso não justifica sermos obrigados a assistir essas coisas surreais.


Mesmo para as coisas ruins existe um nível. Sabemos que um determinado artista pode ser ruim, mas existe um outro pior. É questão de gosto e análise de trabalhos. É o velho ditado que cada um tem um gosto.


Para fechar a idéia, nada melhor que alterar o nome do programa de Clipes para Acordar para Clipes para Assustar. Fica muito mais verdadeiro, VH1.
(Foto: Capa do disco da tal banda Linear - veja se não são uma mistura medonha?)

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