domingo, 23 de maio de 2010

Façamos então

Hoje tivemos uma briga. Quero dizer, se posso chamar aquilo de briga. Tivemos uma conversa franca e, digamos que, até agora não sei bem o porquê.

Você não me olha e fala através de sim e não. Acertei ao perceber que algo não estava certo, mas não errei quando disse que não havia algo errado. Estava tudo bem e você confirmou. Porém perguntei se tinha algum problema e você também confirmou. O que posso fazer? É algo que fiz? É algo que não fiz e deveria ter feito? Eu passo a mão nas suas costas e digo para você relaxar. Achei que era a sua função, mas assumo que também tenho que desempenhar algo nessa relação.

Não entendi o que te fez perder o humor e finalizar de tal forma um dia tão bom. Não sei, mas aceito que você é assim. Cansei de tentar consertar as pessoas e me desapontar. Cansei de tentar mudar tudo e me desapontar. Aliás, cansei mais de desapontar as pessoas também. Esperamos que os outros façam aquilo que queremos e do jeito que desejamos, porém não há bola de cristal melhor que a nossa própria voz. Como alguém saberá o que quero se eu não falar que quero? Como alguém poderá fazer o que quero se eu não conversar sobre isso?

No final eu fiquei chateado. Cansado. Triste. Quieto. Calado. Silencioso. Principalmente por não saber o que fazer. Você reclamou que o meu silêncio te machucava. Você pode não entender, mas terá que respeitar. Sou assim mesmo. Eu preciso aprender que você tem dessas coisas e que terei que lidar com esse caos. Você saberá que quando fico chateado preciso de silêncio. Façamos essa tentativa, por favor.

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