sexta-feira, 26 de novembro de 2010

NATIMORTO

NATIMORTO


Não foi dado sentimento algum
Não foi demonstrado sentimento qualquer
Você sempre prefere o frio, mas reclama
que não quer se agasalhar. Você odeia o
calor, mas queria ser o mais desejado
Contanto que você continue sendo Apolo,
Tudo bem

Por que sempre há essa resistência?
Por que não facilita tudo e não torna
isso menos embaraçoso do que já está?

Simples:
tudo o que acontece nunca é
culpa sua. tudo que aconteceu não
foi culpa sua.

A rosa morrerá sem saber o que
seria um sentimento, mesmo que
natimorto. Cuspa mais pro alto e não
há solução além das fáceis distribuições
nessa carnificina de culpas, um celeiro
de intenções jamais domadas

Por que essa aversão ao mero e simbólico
agrado? Por que não menos incompreensão
para respirar sem a sua bomba imaginária?

Simples, muito simples:
nenhum pode ser forjado e a sua
incompetência está clara. Culpe, culpe,
corra, medre, culpe, cuspa, culpe.
Esse sentimento natimorto forçado.

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